segunda-feira, 16 de abril de 2012

Clarice Guilhermina - Parte 2

No dia seguinte acordei com o meu celular tocando. Era Alicia, sinceramente, não estava nem um pouco disposta a falar com ela, porém, atendi, não queria perder uma amizade:
- Amiga! Me desculpa se não fiquei lá fora da Boate com você, mas, uma oportunidade dessas não se joga fora, você entende não é? Quando eu sai depois de um tempo, não lhe encontrei, o que houve?
- É que eu resolvi voltar pra ca...
- Não tem importância! Você não vai acreditar. No momento em que fui procurar por você na frente da Boate eu conheci um garoto perfeito, e ficamos a noite toda. Acho que ele é o amor da minha vida, e tem mais, nós marcamos de nos encontrar no Parque Central, domingo. Para conversar e conhecermos um ao outro, e você está convidada para me acompanhar, óbvio, você é minha melhor amiga!
- Eu fico muito feliz por você, Alicia. Mas você tem certeza de que ele seja o amor da sua vida? Só se falaram uma vez, e ainda por cima, numa festa, pode ser apenas uma paixão momentânea.
- Eu tenho certeza disso! Está escrito em nossos destinos.
- Está bem... Então nos encontramos amanhã certo?
- Mais é claro amiga! Ainda irei ligar para a Emily. Não quero que você fique lá... solitária, ou seja 'chupando dedo', não acha?
- Tudo bem, seria melhor mesmo, tchau.
- Bye, amiga!
Após desligar o celular. Fui tomar um banho para despertar, e depois, como de costume, nos Sábados de manhã, treinar a patinação - eu ainda era novata nesse esporte, porém, era algo que me interessava bastante. 
Saindo de casa, já equilibrada nos patins... Acabei tropeçando em um dos andares da minha casa, e em seguida alguém havia me segurado para não cair. Quando olhei, era um jovem adulto, super atraente, que me deixou sem palavras naquele minuto:
- Ér... ér...
- Tome mais cuidado! Se eu não lhe segurasse você iria cair feio.
Ainda segurando em um dos meus braços, fixamos os olhares, e logo fiquei sem graça. Ele acabou sorrindo, se tornando simpático. A sua voz não me era estranha, mas, não dei tanta importância, pois, havia ficado encantada com jovem:
- Me desculpe pelo que aconteceu e agradeço por ter me ajudado.
- Não precisa agradecer. Como você se chama?
- Eu me chamo Clarice Guilhermina, e você?
- Se queres saber... Descubra!

Naquele exato momento eu havia recordado de onde conhecia a sua voz, era o rapaz que me abordou na noite passada. Puxei o meu braço para perto de mim, com uma força muito grande, e um pouco espantado com a minha reação, o rapaz ficou olhando em meus olhos.

domingo, 15 de abril de 2012

Clarice Guilhermina - Parte 1

Me chamo Clarice Guilhermina, tenho dezesseis anos, e estou no ultimo ano escolar. Ainda tenho dúvidas do que vou fazer pro resto de minha vida, mas afinal, sou uma jovem indecisa e insegura. Bem, não estou aqui para falar apenas sobre mim, mas também, a respeito desse ano que foi bastante longo, enquanto eu gostaria que fosse... Rápido. Contarei a respeito de um alguém que se tornou importante em minha vida, mas antes, não era nada além de um... alguém...

 Era uma sexta-feira a noite, como de costume, eu e minhas amigas Alicia e Emily resolvemos dá um 'rolé' pela cidade. Alicia nos chamou para irmos a uma Boate que estava sendo inaugurada naquele mesmo dia. Como a Boate era para maiores de dezoito anos, eu tive na mente que seríamos barradas, mas, pensamos bem, e nos produzimos de uma maneira na qual os seguranças não iria nos barrar na portaria. 
 Chegando em frente a Boate, não consegui esconder o medo de estar mentindo e acabei sendo descoberta por um dos seguranças, assim ficando na portaria, enquanto as minhas duas amigas entraram sem ao menos olhar para trás. Fiquei bastante chateada e resolvi voltar para casa.
 No caminho. Percebi que existia alguém vindo em minha direção, fiquei com um certo medo, pois a rua esta deserta e com uma iluminação nada favorável para alguém que estivesse sozinho. Comecei a acelerar os passos, e de repente tocaram no meu ombro:
- Ah! Pode ficar com a minha bolsa, mas não me mate nem faça nada de ruim comigo, eu imploro.
- Calma moça! Eu não queria lhe assustar.
Com a adrenalina correndo solta em meu corpo e com medo de olhar para a pessoa, consegui ser corajosa e olhei para a mesma:
- E o que você está querendo ein? Me matar?
- Não, e peço-lhe desculpas novamente. Eu apenas gostaria de saber aonde está sendo inaugurada uma Boate por aqui. Sabes dizer?
- Você está de brincadeira comigo, não é?
- Mas por que eu iria brincar com você?
- Pelo simples fato de você ter vindo da posição da Boate. Nossa como você é estúpido. Me fala o que você quer! 
- Percebo que essa minha forma de lhe abordar foi péssima, serei sincero e breve. É que eu a vi na frente da Boate e gostaria de saber o seu nome, te achei bastante interessante...
- Cara! Você pode me responder uma pergunta? 
- Posso sim, quantas você desejar.
- Qual é o seu problema, ein? Você quase me matou, eu fiquei com muito medo.
- Não tenho problema algum, moça. E eu já lhe pedi desculpas várias vezes, sabe você é bastante arrogante!
- Dependendo da situação sou sim. E no caso, essa foi uma situação! Agora eu preciso ir, e você tem de ir à Boate. Se não sabes, é naquela direção. 
- Ei! Você poderia ao menos me falar o seu nome?
- Se queres saber... Descubra! 
 Me virei e comecei a andar rapidamente para a minha casa, e o rapaz não mais me seguiu. Chegando em casa, meus pais estavam na sala de estar - conversando super animados e apaixonados. Ambos estranharam por eu ter voltado tão cedo naquela sexta-feira, e logo começaram a me questionar:
- Já voltou filha? O que aconteceu?
- Não foi nada mãe. Apenas fiquei com dor de cabeça e voltei mais cedo, agora estou indo para o meu quarto. Boa noite!
- Boa noite. Se quiser algum remédio, tem no banheiro, você já sabe, não é?.
- Obrigada mãe. Mas, eu só preciso dormir mesmo.
Me aproximei dos dois, e dei um beijo na testa dos dois, subi em direção ao meu quarto, e deitei na cama. Ainda um pouco assustada com o que havia acontecido, fiquei pensando, até que adormeci.