sábado, 31 de março de 2012

A escada

Sentada em um banco no parque observo um rapaz carregando uma escada bastante alta, ele a encostou numa das paredes de uma casa azul e abandou-a, indo para outro lugar.
Então, resolvi me aproximar da escada, observei cada degrau, e pude perceber que é como a nossa vida, sempre com etapas, que não podemos pular, pois senão, poderemos cair, e o tombo poderá ser bastante feio. Porém, se tivermos determinação, subiremos novamente, mas desta vez, prestando bastante atenção.


Nadine Bovet

Sua mais antiga amiga

Você conhece, brinca, se diverte, sorri, planeja, sonha, inventa, abraça, e promete ser para sempre.
Você olha, discute, chora, bate, morde, abraça, e promete ser pra sempre.
Você protege, cuida, beija, abraça, e promete ser pra sempre.
Você sente falta, telefona, manda cartas, mensagens, pensa... E ver realmente que é para sempre.

Nadine Bovet

domingo, 18 de março de 2012

O mergulho do desapego

Puxe todo o ar que conseguir guardar nos pulmões.
Prenda-o com a maior certeza de sua vida.
Feche seus olhos para não enxergar por um determinado tempo.
Agora mergulhe, mergulhe bem fundo mesmo.
Que todo o seu sofrimento será esquecido quando voltar.

Nadine Bovet

Um amor infinito

Logo ao acordar, recordei alguns momentos que vivenciei ao lado dela...
Com sua face muitas vezes difícil de ser vista, pois, eu era criança quando tudo ocorrera.
Lembrei de três momentos ao lado dela: Quando me dera roupas novas e fiquei muito feliz por isto. Quando estávamos nós cinco - eu, ela, meus dois irmãos e meu pai - no carro de meu pai. E também em um dia que voltávamos - ela, eu e meu irmão - da seção de quimioterapia.
Sinceramente... Naquele tempo eu não tinha noção do que era quimioterapia e nem sabia que era isto que a mesma fazia, e pouco imaginava que a doença dela poderia ocasionar a sua morte. Porém, após quatro anos desde o seu falecimento - eu já mais madura - pude compreender as coisas nas quais vivenciei ao lado dela, e só depois descobri que a minha festa de sete anos, não era apenas uma comemoração qualquer, e sim algo que ela gostaria de fazer para mim antes de partir.
Hoje com os meus dezesseis anos, sei de praticamente tudo... Ela queria o meu bem, a minha felicidade, me ver bem. E até hoje eu sinto que a mesma me protege de coisas ruins.
Amo-te para sempre, minha linda e querida mãe.


Nadine Bovet