sexta-feira, 6 de julho de 2012

Carta para um amor passado


Minha querida ...
Saiba que hoje sou um homem bem mais feliz,
Desde aquele instante traumatizante que me fizestes passar,
Dizendo que de mim desejava apenas o corpo,
E meus carinhos não eram nada para ti,
Sabe o que me aconteceu depois?
Me casei, tive dois filhos e a minha esposa é uma moça maravilhosa,
Espero que estejas feliz com as escolhas feitas por ti,
Pois como consequência de um dos seus atos, pude encontrar o caminho da felicidade.

Com carinho, daquele que tanto desprezastes.

Nadine Bovet

Confiança um pouco mais


Às vezes é necessário sair da nossa zona de conforto,
E arriscar no que pode vir a ser algo bom,
Arriscar... esta é a palavra certa para o nosso conhecimento pessoal,
Se não tentarmos, e ficarmos oprimidos, deixaremos oportunidades passarem,
E nunca saberemos se poderia dar certo.

Vão dizer que és louco,
Mas no fundo te admiram pela coragem,
Que sejas louco e ao mesmo tempo feliz por ter atitude.

Nadine Bovet

O mal do século é a solidão


Vivo em um mundo,
Onde as pessoas mostram-se felizes,
Porém por trás de um sorriso largo,
Existe muita dor, tristeza...

Me abraçam,
Dizem muitos ‘eu te amo’,
Sorriem e vivem cheios de agrados e mimos,
Estão sempre por perto,
Mas é como se eu estivesse sozinha,
A solidão, amigo, é o que mais sinto próxima a mim.

Nadine Bovet

Carinho vindo de ti


Tuas mãos gélidas,
Fazem com que o meu corpo fique arrepiado,
A cada toque seu.

Deslizas pelas minhas costas,
Os teus dedos atrevidos e amorosos,
E sempre fico encantada, moreno.

Como um artistas,
Modelas o meu rosto cuidadosamente,
Fazendo-me rir feito uma boba.

Acaricias minha barriga,
Cuidadosamente,
Como se existisse uma vida lá.

Os teus lábios,
Aproximam-se do meu rosto,
E suavemente tocam a ponta do nariz.

Deslizas-os até ir de encontro com meus lábios,
E então passamos longos minutos desta forma.

Nadine Bovet

sábado, 26 de maio de 2012

Saudade


Já não existem mais aquelas palavras,
escritas em papéis guardanapo,
feitas com tanto carinho,
feitas com amor.

Espero poder um dia retornar àqueles dias,
realmente, eu desejo isso,
sempre ao teu lado, e sempre,
onde eu retorne à felicidade,
num pacífico maravilhoso.

Nadine Bovet

A chuva, o sol, a lua e a rosa seca


Entrego-lhe cada um desses elementos,
Para que recordes de mim,
De uma forma inesquecível,
Pois, desejo estar nas tuas lembranças.

Entrego-lhe a chuva,
Por conta do nosso inverno,
Naquela cidade de interior,
Deitados agarradinhos.

Entrego-lhe o sol,
Por conta do nosso verão,
Ambos exaustos e queimados de um longo dia na praia,
Sentindo cada toque de hidratante na pele.

Entrego-lhe a lua,
Para que não se sinta triste,
Durante a noite,
Que eu não estiver ao teu lado.

Entrego-lhe a rosa seca,
Porque é algo que poderás tocar,
E guardar em seu caderno de anotações,
Caro amado meu.

Nadine Bovet

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Clarice Guilhermina - Parte 2

No dia seguinte acordei com o meu celular tocando. Era Alicia, sinceramente, não estava nem um pouco disposta a falar com ela, porém, atendi, não queria perder uma amizade:
- Amiga! Me desculpa se não fiquei lá fora da Boate com você, mas, uma oportunidade dessas não se joga fora, você entende não é? Quando eu sai depois de um tempo, não lhe encontrei, o que houve?
- É que eu resolvi voltar pra ca...
- Não tem importância! Você não vai acreditar. No momento em que fui procurar por você na frente da Boate eu conheci um garoto perfeito, e ficamos a noite toda. Acho que ele é o amor da minha vida, e tem mais, nós marcamos de nos encontrar no Parque Central, domingo. Para conversar e conhecermos um ao outro, e você está convidada para me acompanhar, óbvio, você é minha melhor amiga!
- Eu fico muito feliz por você, Alicia. Mas você tem certeza de que ele seja o amor da sua vida? Só se falaram uma vez, e ainda por cima, numa festa, pode ser apenas uma paixão momentânea.
- Eu tenho certeza disso! Está escrito em nossos destinos.
- Está bem... Então nos encontramos amanhã certo?
- Mais é claro amiga! Ainda irei ligar para a Emily. Não quero que você fique lá... solitária, ou seja 'chupando dedo', não acha?
- Tudo bem, seria melhor mesmo, tchau.
- Bye, amiga!
Após desligar o celular. Fui tomar um banho para despertar, e depois, como de costume, nos Sábados de manhã, treinar a patinação - eu ainda era novata nesse esporte, porém, era algo que me interessava bastante. 
Saindo de casa, já equilibrada nos patins... Acabei tropeçando em um dos andares da minha casa, e em seguida alguém havia me segurado para não cair. Quando olhei, era um jovem adulto, super atraente, que me deixou sem palavras naquele minuto:
- Ér... ér...
- Tome mais cuidado! Se eu não lhe segurasse você iria cair feio.
Ainda segurando em um dos meus braços, fixamos os olhares, e logo fiquei sem graça. Ele acabou sorrindo, se tornando simpático. A sua voz não me era estranha, mas, não dei tanta importância, pois, havia ficado encantada com jovem:
- Me desculpe pelo que aconteceu e agradeço por ter me ajudado.
- Não precisa agradecer. Como você se chama?
- Eu me chamo Clarice Guilhermina, e você?
- Se queres saber... Descubra!

Naquele exato momento eu havia recordado de onde conhecia a sua voz, era o rapaz que me abordou na noite passada. Puxei o meu braço para perto de mim, com uma força muito grande, e um pouco espantado com a minha reação, o rapaz ficou olhando em meus olhos.

domingo, 15 de abril de 2012

Clarice Guilhermina - Parte 1

Me chamo Clarice Guilhermina, tenho dezesseis anos, e estou no ultimo ano escolar. Ainda tenho dúvidas do que vou fazer pro resto de minha vida, mas afinal, sou uma jovem indecisa e insegura. Bem, não estou aqui para falar apenas sobre mim, mas também, a respeito desse ano que foi bastante longo, enquanto eu gostaria que fosse... Rápido. Contarei a respeito de um alguém que se tornou importante em minha vida, mas antes, não era nada além de um... alguém...

 Era uma sexta-feira a noite, como de costume, eu e minhas amigas Alicia e Emily resolvemos dá um 'rolé' pela cidade. Alicia nos chamou para irmos a uma Boate que estava sendo inaugurada naquele mesmo dia. Como a Boate era para maiores de dezoito anos, eu tive na mente que seríamos barradas, mas, pensamos bem, e nos produzimos de uma maneira na qual os seguranças não iria nos barrar na portaria. 
 Chegando em frente a Boate, não consegui esconder o medo de estar mentindo e acabei sendo descoberta por um dos seguranças, assim ficando na portaria, enquanto as minhas duas amigas entraram sem ao menos olhar para trás. Fiquei bastante chateada e resolvi voltar para casa.
 No caminho. Percebi que existia alguém vindo em minha direção, fiquei com um certo medo, pois a rua esta deserta e com uma iluminação nada favorável para alguém que estivesse sozinho. Comecei a acelerar os passos, e de repente tocaram no meu ombro:
- Ah! Pode ficar com a minha bolsa, mas não me mate nem faça nada de ruim comigo, eu imploro.
- Calma moça! Eu não queria lhe assustar.
Com a adrenalina correndo solta em meu corpo e com medo de olhar para a pessoa, consegui ser corajosa e olhei para a mesma:
- E o que você está querendo ein? Me matar?
- Não, e peço-lhe desculpas novamente. Eu apenas gostaria de saber aonde está sendo inaugurada uma Boate por aqui. Sabes dizer?
- Você está de brincadeira comigo, não é?
- Mas por que eu iria brincar com você?
- Pelo simples fato de você ter vindo da posição da Boate. Nossa como você é estúpido. Me fala o que você quer! 
- Percebo que essa minha forma de lhe abordar foi péssima, serei sincero e breve. É que eu a vi na frente da Boate e gostaria de saber o seu nome, te achei bastante interessante...
- Cara! Você pode me responder uma pergunta? 
- Posso sim, quantas você desejar.
- Qual é o seu problema, ein? Você quase me matou, eu fiquei com muito medo.
- Não tenho problema algum, moça. E eu já lhe pedi desculpas várias vezes, sabe você é bastante arrogante!
- Dependendo da situação sou sim. E no caso, essa foi uma situação! Agora eu preciso ir, e você tem de ir à Boate. Se não sabes, é naquela direção. 
- Ei! Você poderia ao menos me falar o seu nome?
- Se queres saber... Descubra! 
 Me virei e comecei a andar rapidamente para a minha casa, e o rapaz não mais me seguiu. Chegando em casa, meus pais estavam na sala de estar - conversando super animados e apaixonados. Ambos estranharam por eu ter voltado tão cedo naquela sexta-feira, e logo começaram a me questionar:
- Já voltou filha? O que aconteceu?
- Não foi nada mãe. Apenas fiquei com dor de cabeça e voltei mais cedo, agora estou indo para o meu quarto. Boa noite!
- Boa noite. Se quiser algum remédio, tem no banheiro, você já sabe, não é?.
- Obrigada mãe. Mas, eu só preciso dormir mesmo.
Me aproximei dos dois, e dei um beijo na testa dos dois, subi em direção ao meu quarto, e deitei na cama. Ainda um pouco assustada com o que havia acontecido, fiquei pensando, até que adormeci.

sábado, 31 de março de 2012

A escada

Sentada em um banco no parque observo um rapaz carregando uma escada bastante alta, ele a encostou numa das paredes de uma casa azul e abandou-a, indo para outro lugar.
Então, resolvi me aproximar da escada, observei cada degrau, e pude perceber que é como a nossa vida, sempre com etapas, que não podemos pular, pois senão, poderemos cair, e o tombo poderá ser bastante feio. Porém, se tivermos determinação, subiremos novamente, mas desta vez, prestando bastante atenção.


Nadine Bovet

Sua mais antiga amiga

Você conhece, brinca, se diverte, sorri, planeja, sonha, inventa, abraça, e promete ser para sempre.
Você olha, discute, chora, bate, morde, abraça, e promete ser pra sempre.
Você protege, cuida, beija, abraça, e promete ser pra sempre.
Você sente falta, telefona, manda cartas, mensagens, pensa... E ver realmente que é para sempre.

Nadine Bovet

domingo, 18 de março de 2012

O mergulho do desapego

Puxe todo o ar que conseguir guardar nos pulmões.
Prenda-o com a maior certeza de sua vida.
Feche seus olhos para não enxergar por um determinado tempo.
Agora mergulhe, mergulhe bem fundo mesmo.
Que todo o seu sofrimento será esquecido quando voltar.

Nadine Bovet

Um amor infinito

Logo ao acordar, recordei alguns momentos que vivenciei ao lado dela...
Com sua face muitas vezes difícil de ser vista, pois, eu era criança quando tudo ocorrera.
Lembrei de três momentos ao lado dela: Quando me dera roupas novas e fiquei muito feliz por isto. Quando estávamos nós cinco - eu, ela, meus dois irmãos e meu pai - no carro de meu pai. E também em um dia que voltávamos - ela, eu e meu irmão - da seção de quimioterapia.
Sinceramente... Naquele tempo eu não tinha noção do que era quimioterapia e nem sabia que era isto que a mesma fazia, e pouco imaginava que a doença dela poderia ocasionar a sua morte. Porém, após quatro anos desde o seu falecimento - eu já mais madura - pude compreender as coisas nas quais vivenciei ao lado dela, e só depois descobri que a minha festa de sete anos, não era apenas uma comemoração qualquer, e sim algo que ela gostaria de fazer para mim antes de partir.
Hoje com os meus dezesseis anos, sei de praticamente tudo... Ela queria o meu bem, a minha felicidade, me ver bem. E até hoje eu sinto que a mesma me protege de coisas ruins.
Amo-te para sempre, minha linda e querida mãe.


Nadine Bovet

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A harmonia que encontro em seus olhos

Sempre levei em conta a frase: "Os olhos são o reflexo da alma." Pois, as pessoas demonstram em seu olhar o que elas são ou o que gostariam de ser... E nos seus eu pudia ver a segunda opção, eles me encantavam, eram castanhos escuros - eu conseguia me ver quando próxima a ti ficava. Existiam sonhos e planos para o futuro, você não precisava dizer nada, estava tudo estampado naquela imensidão bela. Me dava um certo ponto de paz, me fazia imaginar um mundo melhor para se viver... Sem guerras, sem miséria, sem ambição.
Hoje, desejo não só a minha harmonia novamente, mas, aquele que a transmitia para mim.

Nadine Bovet

Só aprendi a dançar com você

Uns acelerados, outros lentos.
Uns para a esquerda, outros para trás.
Sem acompanhar o meu ritmo, foram todos os rapazes após você.
És o único que sabe as minhas manias e costumes.
O único que consegue me conduzir e manter uma dança quase eterna.
Não tão lento, nem tão rápido... na medida certa.
Com olhares presos e sem nenhum pisão nos pés.
Ora para a direita, ora para a esquerda.
Você é o meu par perfeito, não só na dança, mas, também no amor.

Nadine Bovet

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em minhas veias

Nada sai como planejado. Tudo irá desmoronar. As pessoas dizem adeus. Em sua maneira especial. Tudo em que você confiar. E tudo em que você pode fingir. Vai deixá-lo na parte da manhã. Mas encontrá-lo no dia.
Oh, você está em minhas veias. E eu não consigo te tirar. Oh, você é tudo que eu gosto. A noite dentro da minha boca. Oh você irá fugir. Porque eu não sou o que você quer. Oh, você está em minhas veias. E eu não posso tirá-lo.
Tudo vai mudar. Nada permanece o mesmo. E ninguém aqui é perfeito. Ah, mas a culpa é de todo mundo. Tudo em que você confiar. E tudo o que você pode salvar. Vai deixá-lo na parte da manhã. Mas encontrá-lo no dia.

Andrew Belle

Três momentos, uma mudança

  Sei que fechar os olhos e distribuir sorrisos era a coisa mais correta a ser feita neste momento, mas na verdade, existe algo, minto eu, existe alguém que me faz travar. É esta garota ao seu lado, lhe abraçando e dando beijos em seu rosto, ela roubou a minha alegria, ela roubou a pessoa pela qual sou apaixonada. Agora, poderás encontrar o que mais desejava vindo de mim... Lágrimas e um rosto tristonho de cor avermelhada. Sabe... É muito difícil dizer isto, mas, mesmo após as suas idiotices, gosto de você, gosto de seu sorriso estúpido. E sou mais estúpida ainda por sentir falta disto.

  Como uma pessoa dependente química, estou eu, querendo me livrar deste vício que és para mim. E à cada dia estou tentando me desapegar de ti. Aos poucos, lentamente, venho prosseguindo, evito deslizar nessa luta, e sabe de uma coisa? Finalmente estou conseguindo dar um basta.

  Que tal permitir que outro alguém nos faça feliz?
Ah claro, estou muito animada, pois, consegui me livrar daquele pesadelo que eras para mim e consigo agora dar uma chance para uma pessoa que me quer bem. Hoje és apenas uma sombra do meu passado, pouco recordo de seu rosto, não consigo lembrar de seus olhos, ou da cor de seus cabelos, sua face se tornou um grande buraco branco, nada atraente. Agradeço por você ter me tornado mais madura, agradeço por você ter me traído e eu ter descoberto, agradeço por me fazer mudar. Pois, você não se encaixa mais no que é importante para mim, é inútil, um brinquedo com falha.

Nadine Bovet

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Oh minha nossa, oh minha estrela.

Olhando para o céu, me recordo dos momentos nos quais estive com você...
Éramos tão estúpidos, corríamos atrás de pombos.
Éramos tão inocentes, que entrelaçávamos nossas mãos para manter as nossas vidas unidas.
Éramos tão apaixonados... Eu gostava disso.

Olhando para o céu, observo as estrelas...
Lembro de nosso primeiro toque no rosto.
Lembro de nosso primeiro beijo tímido.
Lembro de nosso primeiro abraço apertado.

Olhando para o céu, vejo a lua...
Sorrindo, lhe dei um apertão no braço, e você sentiu dor.
Sorrindo à cada toque em meu corpo.
Sorrindo eu me movimentava inquietamente, e isso lhe incomodava.

Olhando para o céu eu só consigo lembrar de você.

Nadine Bovet

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meus momentos de nostalgia

Existem certos momentos que guardo apenas para mim, em mim.
Ponho uma música calma e sorrindo recordo de minha infância...
Lembro da felicidade exaltada e dos meus olhos esperançosos para a chegada em casa após um dia na escola.
Lembro de minha mãe sempre radiante passando as roupas, enquanto o meu pai assistia a televisão.
Lembro de meus irmãos - mais velhos que eu - sempre querendo me deixar por fora das brincadeiras.
Lembro do quanto eu fui feliz quando criança, e apenas agora percebo que valeu a pena cada minuto, cada segundo e cada milésimo vivido.

Nadine Bovet

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Um amor virtual

Alguns podem estranhar até as coisas que irei contar, porém, tudo escrito neste local é verdadeiro. Meus sentimentos neste período foram os mais nobres e fiéis. Creio que encontrarei pessoas que passaram por uma situação semelhante, mas, cada um sendo o personagem principal de sua história. 

Como descobriu a existência dele?
Um dia na praia com duas conhecidas minhas, estávamos no mar conversando à respeito de assuntos femininos, então ambas falaram à respeito de sua existência, elogios vinham e então curiosa em saber de quem se tratava, entrei em minha conta na internet de relacionamentos e o pesquisei, de primeira impressão não me agradei e suas fotos estavam bloqueadas, dei de ombros para os comentários vindos das duas conhecidas e prossegui minha vida.

Como foi o primeiro contato?
Neste mesmo site onde eu havia pesquisado o perfil do rapaz, no dia seguinte ele percebeu a presença de uma pessoa desconhecida em seu perfil e foi conversar comigo, ainda me recordo das primeiras palavras que ele me disse num recado: "Que espiã mais bonita fuçando o meu perfil". Achei bastante simpático da parte dele começar um diálogo com brincadeiras, e assim iniciamos uma conversa formal, até que ele me pediu o e-mail - para termos conversas mais privadas, mas, não pensem besteiras.

Como foram as primeiras conversas via e-mail?
Eram divertidas, admito adorá-las, depois de saber que o rapaz morava no mesmo estado que o meu, fiquei mais interessada em conhecê-lo. Eu tinha os meus quatorze anos e ele mais velho e experiente com seus dezenove anos. Em nossas primeiras conversas eu não sentia nada, além de curiosidade em conhecê-lo.

Como e quando percebeu que gostava dele?
Faziam cinco meses desde o dia em que o conheci, todos os dias nós conversávamos e isso fez com que eu percebesse o 'gostar' dentro de mim. Mas, fiquei quieta e não disse nada à respeito para não assustá-lo, fui extremamente cautelosa, pois, não sabia se ele sentia algo por mim, além de amizade.

Quando se declarou?
Um mês depois que descobrir gostar dele, pelo e-mail o contei meus sentimentos. Ele não acreditou, pois, segundo o rapaz, eu não demonstrava, pensava que gostava dele como amigo, mas, desde este dia ele soube que gostava dele de uma forma mais profunda, assim, as nossas conversas mudando de foco.

Moravam no mesmo local, e nunca se encontraram?
Já fazem dois anos desde que o conheci e até hoje não o conheço ao vivo. Eu sempre marcava em locais públicos para nos encontrarmos, mas, parece que ele tinha medo de me encontrar - devido a minha idade. E creio que este fora um dos motivos pelo qual me fizeram desistir dele.

Você já disse que o amava?
Uma das coisas que pude aprender quando estava me 'relacionando' com ele, foi que: Não devemos dizer que amamos uma pessoa sem saber se é verdadeiro. Então ambos nunca disseram que se amavam, apenas que adorava um ao outro. E essa foi a melhor coisa que fizemos, aprendi a controlar minha mente para não falar bobagens.

Escrevias cartas ou algo do tipo para ele?
Sempre que me dava vontade eu inovava de alguma forma. Já mandei - via e-mail - várias coisas bonitas que vinham de mim, creio que fora neste período que peguei o gosto pela escrita. Ele gostava bastante, e eu ficava feliz, pois, à cada dia percebia que ele gostava mesmo de mim.

Você sonhava com ele?
Quase sempre, eram sonhos engraçados e pareciam reais, dizem que os sonhos são a projeção do que você deseja ou de algo que você tem visto bastante, e no meu caso foram as duas coisas. Eu o contava os meus sonhos e ele parecia gostar. Era como se fosse uma criança esperando pelo final da história antes de ir dormir.

Quanto tempo vocês ficaram 'juntos'?
Contando desde o dia em que nos conhecemos, acho que um ano. E posso dizer que até hoje não me arrependo de ter gostado dele, pois, aprendi bastante e amadureci muito mais quando estive ao 'lado' deste rapaz.

E hoje... Vocês ainda mantém contato?
Sem sombra de dúvidas, passamos um período sem manter contato - pois precisávamos nos afastar desta história. Mas, após alguns meses já conformada com o fim - que eu mesma dei - tive a coragem de retornar a conversar com ele, e quase todos os dias 'batemos-papo', porém, diferente de antigamente. Pois hoje existem outras pessoas fazendo parte da vida de ambos.

Contei por alto alguns pontos de minha história virtual com o preto (apelido carinhoso que dei à ele), pois, existem coisas que não podemos contar, apenas fica entre nós. Como em qualquer relacionamento.


Nadine Bovet